quinta-feira, 25 de junho de 2009

Llibert Fortuny





Llibert Fortuny, nascido em Las Palmas 1977, Gran Canaria,cedo se mudou com a sua família para a catalunha. Aos sete anos começa a sua relação com a música: estudando solfejo, piano e guitarra. Aos onze anos começa a tocar saxofone e em 1998 ganha uma bolsa que lhe permite ir estudar para os USA, para uma escola de renome. Em 2001 regressa a Barcelona, onde forma o "Llibert Fortuny quartet", entre muitos outros projectos,mantendo - se em contínua evolução.

Em Julho de 2004 tive a sorte de ver Llibert Fortuny trío em Barcelona no clube de jazz Bel - Luna (Rambla Catalunya, 5) num trio de homenagem a Charlie Parker, com Llibert, no saxo alto, Rai Ferrer, no contrabaixo, e, Joe Krause, na bateria. Gostei imenso. Em cima eu à porta da Pedrera de Gaudí (não me importava de morar lá...)a caminho do clube de jazz e a minha foto documental do concerto(31/7/2004 Barcelona)!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Billie Holiday, Strange fruit.







From 1882-1968, 4,743 lynchings occurred in the United States. Of these people that were lynched 3,446 were black. Many of the whites lynched were lynched for helping the black or being anti lynching.(in youtube)



Infelizmente, como podemos ver nas excelentes séries de Joaquim Furtado, não foram os únicos. Parafraseando um pouco Nietzche,ainda que de forma algo arrevezada, já vivemos o mal, agora poderá haver o BEM.








SINFONIA

A melodia crepitante das palmeiras
lambidas pelo furor duma queimada

Cor
estertor
angústia

E a música dos homens
lambidos pelo fogo das batalhas inglórias

Sorrisos
dor
angústia

E luta gloriosa do povo

A música
que a minha alma sente

Agostinho Neto, 1948, "Sagrada Esperança" Livraria Sá da Costa Editora

quarta-feira, 17 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Louise Bourgeois!

"Fear is a passive state, and the goal is to be active and to take control, to be alive here and today. The move is from the passive to the active, for if the past is not negated in the present, you do not live". (L. B. em conversa com Bill Beckley in Herkenoff et al, "Louise Bourgeois", Guggenheim,NY,2008)



Louise Bourgeois nascida a 25 de Dezembro de 1911 em França, trabalhou, durante muito tempo, em espaços improvisados, no ambiente doméstico (quando casou foi viver para Nova Iorque). Só em 1980 se mudou para um amplo estúdio em Brooklyn. Nas décadas subsequentes devotou muita energia a criar séries de 'fantasmas' em instalações semelhantes a quartos, manifestando a sua fantasia em termos arquitectónicos que dominava os seus primeiros trabalhos.
(Folheto da exposição de Junho a Setembro de 2008)

O que terão em comum Louise Bourgeois, Niemeyer e Manoel de Oliveira? Todos na faixa dos cem anos, ou muito próximo.. Talvez uma forte paixão por aquilo que fazem que os transporte para uma eterna juventude que se revela nas suas obras?

domingo, 14 de junho de 2009

Louise Bourgeois II

No trabalho de Louise Bourgeois, a palavra 'célula' é a referência para a unidade biológica mais pequena de qualquer ser vivo. Paralelamente 'célula' será também uma referência de unidade para a casa/lar, refúgio e família. Casa, para Bourgeois, está estritamenta associada à infância, o primeiro receptáculo da vida e das primeiras marcas psicológicas. A artista produziu duas séries de 'células': uma focando os sentidos, outra ligada à infância e à memória.

(...)"As células representam diferentes tipos de dor : física, emocional e psicológica, mental e intelectual...Cada célula interage com o medo. O medo é dor...Cada célula interage com o prazer de voieur, a emoção de ver e de ser visto"(...) declarou Louise Bourgeois.


A escultura/instalação da foto tem o nome de Célula (Choisy) 1990-3 é composta por mámore róseo, metal e vidro. Nesta vê - se uma guilhotina pendente sobre uma réplica da casa em que Bourgeois cresceu, que se assemelha, imenso, a uma casa de bonecas. A trágica fragilidade da inocência infantil, a sua vulnerabilidade, está visceralmente
presente nesta obra.

Tenho que dizer que esta instalação foi a que mais me tocou na exposição do Guggenheim (Agosto, 2008). Esta obra estava já na espiral de subida, deste maravilhoso museu, e na parede estavam inscritas duas frases da artista:

"How people destroy them selves within the family"

"The past being gotten rid of by the present"
(Louise Bourgeois)

É inegável o impacto que a exposição, e esta obra em particular, tiveram sobre mim. Senti - me terrívelmente feliz por assistir a uma exposição de tal qualidade e extremamente agradecida a Louise Bourgeois pelas emoções, algumas algo inquietantes, que me fez sentir. Sem dúvida a melhor exposição da minha vida.


(Herkenhoff,et al, "Louise Bourgeois", ed Frances Morris, Guggenheim, 2008, NY/ folheto da exposição de Junho a Setembro 2008 Guggenheim, Centro Pompidou on line)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Louise Bourgeois, uma escultora fantástica numa exposição fabulosa.


Nascida há cerca de 100 anos, Louise Bourgeois manteve - se na vanguarda das artes visuais por mais de setenta anos, continuando a criar novos corpos de trabalho, com a sua energia característica e inquietante inovação. Através da sua carreira cruzaram - se diversos movimentos 'avant gard' do século XX, desde o surrealismo, expressionismo abstracto e pós minimalismo, tendo - se ela sempre mantido fiel à sua singular visão criativa.



Esta obra, Maman 1999, é feita em aço e mármore e representa a capacidade de resistência e trabalho de sua mãe. Terá também algo a ver com o facto de os pais estarem ligados ao ramo da tecelagem de tecidos/tapetes, tal como uma aranha tece a sua teia, para além de reflectir a complexa rede familiar que a acompanhou durante a sua infância/adolescência. ( Herkenhoff et al, "Louise Bourgeois", ed Frances Morris, Guggenheim, 2008.)

Nota: a primeira foto foi retirada de um site sobre a artista a segunda é minha.





domingo, 7 de junho de 2009

A minha ida ao Bronx NY.

Uma série de prédios de habitação do mítico Bronx!


Em pleno zoo do Bronx eu almoçava, bastante bem, aqui do lado esquerdo (ver sombra).

Cá está este prédio, tão bonito, em pleno Harlem...Quantas vezes terão passado Billie Holiday, ou Miles Davis por aqui?



Esta última foto foi tirada no 'Bronx Zoo', que foi fundado em 1899 e é o maior jardim zoológico urbano dos EUA, com os seus 170 hectares. Na verdade é um pouco paradoxal estar a escrever isto pois sou completamente contra a existência de zoos, mas, a minha obcessão por gorilas (lá têm uma grande comunidade, mas as fotos ficaram más) e a vontade de ir ao Bronx falaram mais alto. Toda a gente queria ir mas depois, por uma razão ou por outra, ninguém mostrou grande interesse....Então, algures em Janeiro deste ano, parti da sempre agitada 5a Avenida num autocarro p o Bronx. Passei no Harlem, onde irei voltar brevemente com calma. Aí habitam grande parte das comunidades afro - americanas e lá está, na Lenox Avenue, o clube Lenox Longue onde actuaram Billie Holiday (maravilhosa!), Miles Davis e John Coltrane, entre outros. O Harlem tem bonitos prédios de arte nova (ver 3a foto) salpicados com habitações algo decadentes o que dá um efeito de diversidade e contraste belíssimo. Por fim cheguei ao mítico Bronx onde me deparei com uma tranquila normalidade..Muitos prédios, imensas comunidades étnicas, ouseja, uma saudável mistura de pessoas de todas as cores e feitios, inclusivé eu própria! Esta zona possui duas grandes atracções turísticas: o jardim zoológico, onde fui, e o jardim botânico, onde irei na próxima!! À excepção de um trajecto no interior do Zoo bastante deserto( em q recorri a um longo telefonema à minha prima Ana e o erro foi meu pois fui pela entrada mais deserta) senti - me super segura e irei voltar lá com muito mais tempo pois há muito para ver e viver por ali!

Este é o meu ar, meio alucinado, a saír do zoo, depois daquele trajecto algo atribulado, mas feliz por visitar o Bronx com sucesso!