sábado, 12 de dezembro de 2009

Parabéns Manoel de Oliveira!!!





Parabéns Manoel de Oliveira!!
Cento e um é a soma de anos que o cineasta português completou ontem dia 11 de Dezembro de 2009.

Concretamente falando, Manoel de Oliveira é o realizador, com mais idade, ainda em actividade.Foi há 101 que nasceu, no Porto, filho do primeiro fabricante de lâmpadas em Portugal e oriundo de uma família aristocrata.
Mas a sua vida não começou logo com o cinema. Dedicou-se ao atletismo, àrea em que foi campeão nacional e praticou automobilismo, sendo também um simpático bon vivant.
Começou então a dar os primeiros passos na arte que o viria a seguir até hoje: - Foi estudar representação com 20 anos e adquire, mais tarde, formação técnica nos estúdios da Kodak, na Alemanha.
Introduziu com “O Acto da Primavera” um processo chamado antropologia visual, que seria usada mais tarde por outros cineastas.
A sua primeira longa-metragem, Aniki Bóbó, de 1942 é uma obra marcante do realizador, contando a história das aventuras de crianças, da zona da Ribeira, na cidade do Porto.
Por entre longas (32 até hoje) e curtas-metragens trabalhou com actores como John Malkovich, Catherine Deneuve, Chiara Mastroiani, entre outros, tendo sido distinguindo com vários prémios em festivais internacionas como Cannes, Veneza ou Montréal.É casado com a mesma mulher desde 1940, com quem teve quatro filhos.
Para celebrar o seu 101º aniversário o Museu de Serralves exibiu o filme Aniki-Bobó, no qual marcaram presença cerca de 400 alunos da cidade do Porto.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Entrega do nóbel a Obama!



Uma escolha que me deixou muito feliz e confiante:)

sábado, 5 de dezembro de 2009

AIR!



Para quem é novidade, já os devem conhecer dos filmes da Sophia Coppola. Este tema, em particular,é um quadro de uma fase, muito leve e bonita, do passado da minha vida!
Enjoy!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Saudade!



Àfrica é muito mais do que um conjunto de vivências e recordações:
- é um sentimento.

Jordi Sabater Pi



"Penso que la vida no és necessàriament una aventura feliç, però sí fascinant"
Jordi Sabater Pi



O Ajuntament (Câmara) de Barcelona



O interior do edifício



Uma escultura de Miró, entre muitas outras...




A sala onde decorreu a homenagem (saló de cent Ajuntament de Barcelona)








Eu na homenagem..



Vivam a Catalunha e as/os Catalães!

domingo, 29 de novembro de 2009

Barcelona mais uma vez!



Aqui estou em Barcelona de novo, já lá vão dois anos desde a última vez..e é incrível como me sinto sempre em casa na Catalunha (acho q devo incluir Valencia), aliás, gostava q aqui fosse a minha casa. Desta vez trouxe me uma homenagem ao Professor Dr Sabater Pi, para a qual tive a honra de ser convidada. Penso q em Portugal seria difícil um "Alcaide" e um Reitor da Universidade convidarem alguém do povo como eu...Mas aqui acharam q sim e eu sinto me muito feliz e orgulhosa, pena o contexto ser triste. Convém salientar q o Dr Sabater Pi recebeu inúmeros prémios aqui na Catalunha de âmbito científico e artístico e que lhe fizeram uma fundação há cerca de 4 anos, ou seja, as medalhas de ouro da cidade de Barcelona e da Universidade de Barcelona não são de todo filhas únicas mas sim a última homenagem de muitas.
Pequeno intervalo pq chegou uma tortilha para eu devorar!!!!!!!!(n havia mesas devido ao jogo Barcelona-Madrid )
(...)

A primeira vez q vim a Barcelona foi c o meu Pai :), q tinha cá estado em 1958;)..foi precisamente para falar c o Dr Sbater Pi q deu luz verde para q eu fizesse o estudo c gorilas no Zoo.
O Professor Dr Bracinha Vieira foi o mentor do projecto a quem estarei eternamente agradecida.
Mas,....Barcelona, confesso, tem agora, para mim, um ligeiro travo amargo: o meu querido Dr Sabater Pi já não mora no seu ensolarado àtico.
Mais uma âncora q se foi... mas cuja obra e saudade perdurará p sempre!

Hay que aceitarlo...

domingo, 8 de novembro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Parabéns Obama!




Barack Obama,prémio Nóbel da Paz.





segunda-feira, 28 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sabater Pi e um final de dia muito triste..


Hoje é um dia muito triste, para mim, pois acabei de saber que o meu querido amigo Dr Jordi Sabater Pi já não está entre nós. Recebi uma carta da sua secretária, explicando que o último postal, que lhe enviei do Uganda, já não chegou às suas mãos..Foi no passado dia 5 de Agosto, dia em que parti para o Uganda. Tenho que agradecer - lhe tudo o que me ensinou desde o espírito Catalão a tudo quanto lhe perguntava sobre gorilas ou chimpanzés. Sabater Pi estabeleceu um forte elo entre mim e a Catalunha, através da nossa amizade..no último telefonema que tivemos pediu me que lhe voltasse a levar o mesmo bolo pois era 'muy bueno'..pena não ter tido oportunidade de o fazer. Mas a 'sardana', que tantas vezes me disse que deveria dançar, não vou deixar passar. Obrigada por tudo, vou ter muitas saudades..

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Algumas imagens do Uganda, já com muitas saudades!







O Uganda é África condensada em tudo o que o continente tem de melhor para oferecer, num país relativamente pequeno mas de beleza estonteante. O Uganda alberga as montanhas mais altas do continente africano: as montanhas de Rwenzori ou montanhas da Lua. Tem a nascente do rio Nilo, o rio mais longo do mundo, oferecendo a melhor água doce para rafting do mundo. Tem a maior concentração de primatas não humanos do nosso planeta, incluindo os gorilas de montanha (Gorilla gorilla beringei ),infelizmente, um dos seres vivos mais raros do mundo.

Ray et al, "East Africa", Lonely planet ed, 7th ed, 2006, USA; Briggs, P.,"Uganda", Bradt Guide ed, 5th ed, 2007, England.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Jantar de angariação de fundos para a ONG Soft Power Education Uganda












No passado dia 24 de julho decorreu no clube de jazz Bflat o jantar de angariação de fundos para a ONG supra citada. Éramos poucos mas bons e conseguimos uma quantia 'jeitosa' que hoje já foi devidamente enviada para a Soft Power Education. Aqui vão algumas fotos do nosso 'meeting'. O concerto esteve a cargo do Sean Khan, saxofonista de origem irlandesa, quintet.
Em nome da Soft Power Education, Uganda, quero agradecer a:

Alexandrina Pinto
Almerinda Magno
Anabela Teles
Aurora Reis
Branca Oliveira
Edite Brandão
Elsa Magno
Fátima Afonso
Helena Guimarães
Idalina Dionísio
Jorge
Mónica Afonso
Patrícia Pereira
Ricardo Ferreira
Sónia Sousa

sem os quais nada disto teria sido possível. Um agradecimento muito especial à pintora, Idalina Dionísio, que partilhou o lucro das suas obras com a ONG, doou, mesmo, algumas delas e desceu, incrívelmente, as suas bases de licitação.
Um obrigada do tamanho do mundo a todos(as)!!!!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Llibert Fortuny





Llibert Fortuny, nascido em Las Palmas 1977, Gran Canaria,cedo se mudou com a sua família para a catalunha. Aos sete anos começa a sua relação com a música: estudando solfejo, piano e guitarra. Aos onze anos começa a tocar saxofone e em 1998 ganha uma bolsa que lhe permite ir estudar para os USA, para uma escola de renome. Em 2001 regressa a Barcelona, onde forma o "Llibert Fortuny quartet", entre muitos outros projectos,mantendo - se em contínua evolução.

Em Julho de 2004 tive a sorte de ver Llibert Fortuny trío em Barcelona no clube de jazz Bel - Luna (Rambla Catalunya, 5) num trio de homenagem a Charlie Parker, com Llibert, no saxo alto, Rai Ferrer, no contrabaixo, e, Joe Krause, na bateria. Gostei imenso. Em cima eu à porta da Pedrera de Gaudí (não me importava de morar lá...)a caminho do clube de jazz e a minha foto documental do concerto(31/7/2004 Barcelona)!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Billie Holiday, Strange fruit.







From 1882-1968, 4,743 lynchings occurred in the United States. Of these people that were lynched 3,446 were black. Many of the whites lynched were lynched for helping the black or being anti lynching.(in youtube)



Infelizmente, como podemos ver nas excelentes séries de Joaquim Furtado, não foram os únicos. Parafraseando um pouco Nietzche,ainda que de forma algo arrevezada, já vivemos o mal, agora poderá haver o BEM.








SINFONIA

A melodia crepitante das palmeiras
lambidas pelo furor duma queimada

Cor
estertor
angústia

E a música dos homens
lambidos pelo fogo das batalhas inglórias

Sorrisos
dor
angústia

E luta gloriosa do povo

A música
que a minha alma sente

Agostinho Neto, 1948, "Sagrada Esperança" Livraria Sá da Costa Editora

quarta-feira, 17 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Louise Bourgeois!

"Fear is a passive state, and the goal is to be active and to take control, to be alive here and today. The move is from the passive to the active, for if the past is not negated in the present, you do not live". (L. B. em conversa com Bill Beckley in Herkenoff et al, "Louise Bourgeois", Guggenheim,NY,2008)



Louise Bourgeois nascida a 25 de Dezembro de 1911 em França, trabalhou, durante muito tempo, em espaços improvisados, no ambiente doméstico (quando casou foi viver para Nova Iorque). Só em 1980 se mudou para um amplo estúdio em Brooklyn. Nas décadas subsequentes devotou muita energia a criar séries de 'fantasmas' em instalações semelhantes a quartos, manifestando a sua fantasia em termos arquitectónicos que dominava os seus primeiros trabalhos.
(Folheto da exposição de Junho a Setembro de 2008)

O que terão em comum Louise Bourgeois, Niemeyer e Manoel de Oliveira? Todos na faixa dos cem anos, ou muito próximo.. Talvez uma forte paixão por aquilo que fazem que os transporte para uma eterna juventude que se revela nas suas obras?

domingo, 14 de junho de 2009

Louise Bourgeois II

No trabalho de Louise Bourgeois, a palavra 'célula' é a referência para a unidade biológica mais pequena de qualquer ser vivo. Paralelamente 'célula' será também uma referência de unidade para a casa/lar, refúgio e família. Casa, para Bourgeois, está estritamenta associada à infância, o primeiro receptáculo da vida e das primeiras marcas psicológicas. A artista produziu duas séries de 'células': uma focando os sentidos, outra ligada à infância e à memória.

(...)"As células representam diferentes tipos de dor : física, emocional e psicológica, mental e intelectual...Cada célula interage com o medo. O medo é dor...Cada célula interage com o prazer de voieur, a emoção de ver e de ser visto"(...) declarou Louise Bourgeois.


A escultura/instalação da foto tem o nome de Célula (Choisy) 1990-3 é composta por mámore róseo, metal e vidro. Nesta vê - se uma guilhotina pendente sobre uma réplica da casa em que Bourgeois cresceu, que se assemelha, imenso, a uma casa de bonecas. A trágica fragilidade da inocência infantil, a sua vulnerabilidade, está visceralmente
presente nesta obra.

Tenho que dizer que esta instalação foi a que mais me tocou na exposição do Guggenheim (Agosto, 2008). Esta obra estava já na espiral de subida, deste maravilhoso museu, e na parede estavam inscritas duas frases da artista:

"How people destroy them selves within the family"

"The past being gotten rid of by the present"
(Louise Bourgeois)

É inegável o impacto que a exposição, e esta obra em particular, tiveram sobre mim. Senti - me terrívelmente feliz por assistir a uma exposição de tal qualidade e extremamente agradecida a Louise Bourgeois pelas emoções, algumas algo inquietantes, que me fez sentir. Sem dúvida a melhor exposição da minha vida.


(Herkenhoff,et al, "Louise Bourgeois", ed Frances Morris, Guggenheim, 2008, NY/ folheto da exposição de Junho a Setembro 2008 Guggenheim, Centro Pompidou on line)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Louise Bourgeois, uma escultora fantástica numa exposição fabulosa.


Nascida há cerca de 100 anos, Louise Bourgeois manteve - se na vanguarda das artes visuais por mais de setenta anos, continuando a criar novos corpos de trabalho, com a sua energia característica e inquietante inovação. Através da sua carreira cruzaram - se diversos movimentos 'avant gard' do século XX, desde o surrealismo, expressionismo abstracto e pós minimalismo, tendo - se ela sempre mantido fiel à sua singular visão criativa.



Esta obra, Maman 1999, é feita em aço e mármore e representa a capacidade de resistência e trabalho de sua mãe. Terá também algo a ver com o facto de os pais estarem ligados ao ramo da tecelagem de tecidos/tapetes, tal como uma aranha tece a sua teia, para além de reflectir a complexa rede familiar que a acompanhou durante a sua infância/adolescência. ( Herkenhoff et al, "Louise Bourgeois", ed Frances Morris, Guggenheim, 2008.)

Nota: a primeira foto foi retirada de um site sobre a artista a segunda é minha.





domingo, 7 de junho de 2009

A minha ida ao Bronx NY.

Uma série de prédios de habitação do mítico Bronx!


Em pleno zoo do Bronx eu almoçava, bastante bem, aqui do lado esquerdo (ver sombra).

Cá está este prédio, tão bonito, em pleno Harlem...Quantas vezes terão passado Billie Holiday, ou Miles Davis por aqui?



Esta última foto foi tirada no 'Bronx Zoo', que foi fundado em 1899 e é o maior jardim zoológico urbano dos EUA, com os seus 170 hectares. Na verdade é um pouco paradoxal estar a escrever isto pois sou completamente contra a existência de zoos, mas, a minha obcessão por gorilas (lá têm uma grande comunidade, mas as fotos ficaram más) e a vontade de ir ao Bronx falaram mais alto. Toda a gente queria ir mas depois, por uma razão ou por outra, ninguém mostrou grande interesse....Então, algures em Janeiro deste ano, parti da sempre agitada 5a Avenida num autocarro p o Bronx. Passei no Harlem, onde irei voltar brevemente com calma. Aí habitam grande parte das comunidades afro - americanas e lá está, na Lenox Avenue, o clube Lenox Longue onde actuaram Billie Holiday (maravilhosa!), Miles Davis e John Coltrane, entre outros. O Harlem tem bonitos prédios de arte nova (ver 3a foto) salpicados com habitações algo decadentes o que dá um efeito de diversidade e contraste belíssimo. Por fim cheguei ao mítico Bronx onde me deparei com uma tranquila normalidade..Muitos prédios, imensas comunidades étnicas, ouseja, uma saudável mistura de pessoas de todas as cores e feitios, inclusivé eu própria! Esta zona possui duas grandes atracções turísticas: o jardim zoológico, onde fui, e o jardim botânico, onde irei na próxima!! À excepção de um trajecto no interior do Zoo bastante deserto( em q recorri a um longo telefonema à minha prima Ana e o erro foi meu pois fui pela entrada mais deserta) senti - me super segura e irei voltar lá com muito mais tempo pois há muito para ver e viver por ali!

Este é o meu ar, meio alucinado, a saír do zoo, depois daquele trajecto algo atribulado, mas feliz por visitar o Bronx com sucesso!










sábado, 30 de maio de 2009

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Bem, era este artigo que eu queria pôr na mensagem anterior e não repetir o mesmo!!!Mais uma vez o Dr Fernando Nobre numa reflexão sobre a democracia!

Democracia e Democratas: ALERTA!


Um dos erros mais graves que poderíamos todos cometer para o nosso futuro colectivo seria pensarmos que a Democracia, ainda existente na Europa e no nosso país, é perene. Nada é perene!
Tenho o hábito de dizer que a Democracia é uma flor como a papoila: persistente mas frágil! Renasce sempre, mesmo nos terrenos mais rochosos e inóspitos, mas também uma vez colhida e acomodada, murcha e morre rapidamente. Estamos em risco de viver esta última fase. Ainda vamos a tempo de a evitar se soubermos TODOS reagir.
Os alertas repetitivamente lançados nos últimos tempos, em artigos e livros, por pessoas sensatas, moderadas e informadas que conheço e por quem nutro amizade, o maior respeito e a máxima consideração tais como Mário Soares, Adriano Moreira, Almeida Santos, Ramalho Eanes, Loureiro dos Santos, Garcia Leandro, Carvalho da Silva, Miguel Sousa Tavares, Dom Duarte e muitos outro (e eu próprio há muitos anos) devem ser entendidos como verdadeiros gritos de alarme sobre o estado da nossa sociedade.
Estamos todos cientes que as crises que vivemos (financeira, económica, institucional, partidária e de valores) podem fazer ruir, mais rápido do que os incautos e irresponsáveis pensam, o sistema democrático. Não tenhamos medo de o afirmar. Estamos a viver o fim de um regime sem sabermos o que o irá substituir, nem como, nem quando.
O que eu sei, e assim penso e escrevo há alguns anos, é que chegou o momento das grandes opções de fundo e que os problemas globais que enfrentamos exigem uma governação global com ética, autoridade, bom senso e humanidade.
A crise em curso, associada a um desprestígio e descrédito profundos das instituições (sistemas financeiros, governos, partidos políticos, Justiça…), minando profundamente os fundamentos dos estados de direito, pode dar a oportunidade esperada aos movimentos ou partidos neonazis, fascistas, xenófobos e racistas. Eles estão atentos e preparam-se activamente em redes europeias e mundiais. Não menorizemos a questão pois tal alheamento poderá ser fatal às nossas sociedades ainda democráticas.
Os responsáveis por tudo isso têm rosto e nomes: somos todos nós, pela nossa indiferença e cobardia; são os responsáveis financeiros pela sua ganância desenfreada; são os empresários e a sua irresponsabilidade social; são os políticos fracos, demissionários e corruptos; são as religiões e a sua sede de poder, cada vez mais desfasadas em relação ao Divino; é a Justiça a várias velocidades; são os partidos e a sua lógica de poder de curto prazo e de satisfação das suas devoradoras clientelas.
Os efeitos do aprofundamento da pobreza e do desemprego, quanto a mim a procissão só vai no adro, já começaram e fazem temer o pior: discursos políticos xenófobos, mesmo dentro da União Europeia, violam impunemente as suas leis perante uma liderança europeia comprometida, fraca e inoperante, como no Reino Unido e na Itália (os demagogos medrosos já estão à solta…); ataques racistas, cada vez mais violentos e até mortais, crescem como ervas daninhas em vários países europeus; os proteccionismos e os medos, de péssima memória, regressam a galope!
Perante estes factos temos que reagir todos em força e imediatamente. As Democracias podem murchar e morrer, como as papoilas, perante as crises sociais que se vislumbram, aparentemente inevitáveis e que já amedrontam muitos.
Aos novos Desafios Globais (miséria, fome, clima, armas, guerras…) devemos responder com novas Respostas Globais (cidadania global, solidariedade global, valores universais tal como a honestidade, a dignidade e o respeito pela vida, todas as vidas!). Perante velhas e recorrentes Ameaças (fascismo, racismo, xenofobia, ditaduras…) temos que nos erguer e contrapor, sem tibiezas, medos ou cobardias, com as velhas e eficazes Armas de sempre (liberdade, resistência, fraternidade, coragem, luta…) mas de forma mais organizada, estruturada e empenhada: é chegado o momento de o fazermos.
No que me diz respeito continuarei a Alertar Consciências e a Lutar por Valores que defendem a vida, os mais fracos e a Democracia. Nas próximas eleições para o Parlamento Europeu darei, como independente e a título pessoal, o meu apoio àqueles que a meu ver melhor defenderão o que me parece essencial defender, numa Europa em crise e em perigo: os excluídos e a Democracia.
É nesse sentido que, com a AMI, reforçarei a nossa missão “Aventura Solidária” do Senegal ao Brasil, passando pela Guiné-Bissau, e que em Maio deste ano organizaremos um Fórum Internacional em Lisboa sobre o tema “Encontro de Culturas – Ouvir para Integrar”. Essas duas acções vão no sentido de criar pontes de diálogo e de entendimento entre povos e culturas, combatendo a intolerância, o desconhecimento, o subdesenvolvimento, a xenofobia e o racismo, e para melhor se entender as razões profundas das migrações. Aliás, nesse sentido, o meu próximo texto no blog será sobre “Imigração”.
Termino por onde comecei. Democracia e Democratas: ALERTA! A crise económica que apenas começou pode pôr tudo em questão: inclusive a Paz Social e a Democracia na Europa acomodada! ALERTA!










De Sofia Montenegro a 18 de Fevereiro de 2009 às 01:19
Caríssimo Dr Fernando Nobre, parabéns, mais uma vez, pelo belíssimo artigo! Eu estou inscrita na "aventura solidária" (se for seleccionada vou nem q tenha q assaltar um banco!)que gostaria muito que fosse na Guiné, que ainda não conheço, mas acho q deve ser lindíssimo e premente de ajuda! Concordo com o contributo de todas as personalidades q refere, a democracia é , evidentemente, um bem precioso de mais e os tempos que correm são por demais cinzentos e apáticos. Só discordo da referência a Miguel Sousa Tavares, pois sou professora e ele 'só 'disse , em horário nobre, q os professores eram os inúteis mais bem pagos da sociedade. Devia, antes, ir dar uma ou duas aulas, por ex, à Ribeira , aqui no Porto, contactar, com o real e não cair na tentação de afirmações simplistas e ofensivas. Por si a mesma admiração de sempre, obrigada por ser quem é! Um abraço com amizade, Sofia Montenegro
responder a comentário discussão

De Fernando Nobre a 19 de Fevereiro de 2009 às 16:27
Obrigado. Continue a lutar pelos seus ideais. Temos que aceitar as discordâncias... Já fui bastante criticado e sê-lo-ei ainda mais no futuro estou certo. Tal não me impedirá de lutar pelo que me parecer justo e útil para o nosso País e o Mundo.
responder a comentário início da discussão

sábado, 21 de fevereiro de 2009

E mais um artigo do Dr Fernando Nobre! Bem mais vale ir directamente ao site da AMI blog contra a indiferença, mas p quem não foi aqui está!!Bjinhos:)



O asilo como uma imposição ética

Antes de podermos abordar os assuntos socio-existenciais dos refugiados e requerentes de asilo, importa-nos tentar ter a visão da dimensão do problema a nível mundial e nacional, isto é, fazer o diagnóstico da situação.

O que se passa em Portugal não é mais do que um epifenómeno resultante da situação gravosa que se vive a nível mundial. Por isso, a adopção de medidas correctas e justas a nível local (Portugal) depende da acertada visão que se tenha da situação global (mundial). Sem estarmos cientes da evidente correlação causa-efeito que as ligam, as propostas que hoje dinamizarmos, estarão talvez já caducas amanhã: O Mundo está, também na questão dos refugiados, em aceleração.

Qual é, pois, a situação mundial, hoje, e que perspectivas tememos para um futuro próximo, no que diz respeito à questão dos refugiados e à sua evidente consequência, os requerentes de asilo?

Mercê das guerras, conflitos étnicos, discriminação, intolerância, indiferença, seca e fome que assolam o Mundo desde o fim da segunda guerra mundial, existiam em 2007 cerca de 16 milhões de refugiados sob a protecção de agências das Nações Unidas e 51 milhões de deslocados (cerca de 26 milhões devido a conflitos armados e 25 milhões em consequência de catástrofes naturais). Estes números totalizam 67 milhões de pessoas candidatas (assim tenham possibilidade) à imigração. A estas dezenas de milhões, podem acrescentar-se centenas de milhões que, por razões económicas, estão dispostas a deixar o seu país.

Para se ter uma ideia da espiral assustadora que vivemos, bastará dizer que, em 1970 havia só 2,5 milhões de refugiados; em 1980 havia 11 milhões. Em 1992, calcula-se que o número de refugiados e deslocados tenha crescido de 10.000 pessoas por dia. Pode, pois, afirmar-se que o Mundo (no qual se inclui a Europa) vive actualmente a pior crise de refugiados desde a segunda Guerra Mundial, a tal guerra que traria, dizia-se, o fim do horror, do arbitrário, da loucura!

O Homem ainda não aprendeu e continua, alegre, inconsciente e louco, a provocar catástrofes...

Mas quem é o refugiado ou requerente de asilo? Será que temos a certeza que nós próprios não o seremos amanhã?

O refugiado não é mais do que um ser humano, como você e eu, que foge, constrangido, à perseguição e à miséria, com medo de perder a liberdade ou a vida. Quem não o faria perante tais ameaças?

Fá-lo forçado porque, como já dizia Eurípides, 431 anos antes de Cristo “não existe maior dor no mundo que a perda da sua terra natal”. A maioria das pessoas só se decidem ao exílio após um longo e doloroso dilema e sonham todos com o dia em que poderão voltar para o seu país com dignidade e segurança.

Só quem nunca passou por campos de refugiados (como infelizmente conheci junto dos Somalis no Quénia, dos ruandeses no Zaire, dos curdos no Irão, dos Sarauis na Argélia, dos Palestinianos no Líbano ou dos refugiados do Sri Lanka na Jordânia), quem nunca conviveu com deslocados (como foi o meu caso na Geórgia, Azerbaijão, Zaire, Angola, Moçambique, Irão, Iraque, Líbano, Chade, Sudão...) ou nunca falou com um requerente de asilo político, é que não interioriza quanto é fundamental para esses seres humanos a dignidade, a compreensão, a ajuda.

Pobre da mulher refugiada e exilada que não tenha um marido, um pai, um irmão, um filho adulto para a proteger e lutar pela sua ração alimentar quando da distribuição: estará exposta às violações e às mais insultuosas humilhações durante as terríveis etapas do seu périplo.

De uma vez por todas, a fim de podermos depois dar o melhor apoio assistencial, é fundamental que saibamos e compreendamos, tal como diz o ACNUR, que “os refugiados não são uma ameaça ou um perigo. Eles estão ameaçados e em perigo. Eles não são um fardo para a sociedade. Eles carregam o fardo da sociedade”. Eles não são pessoas sem face que mendigam a nossa compaixão. São seres como nós apanhados inocentes nas grandes tormentas do nosso século.

Se lhes dermos uma oportunidade, podem contribuir para o bem de todos. Não nos esqueçamos que, segundo a Declaração Universal dos Direitos do Homem e a Convenção de Genebra de 1951, toda a pessoa tem o direito de pedir e obter asilo para fugir, com fundamentado receio, a perseguições devido à sua raça, religião, nacionalidade, grupo social ou devido às suas opiniões políticas.

75% dos refugiados no Mundo não vão bem longe: vão de um país pobre para outro país pobre. Poucos vão bater às portas dos países ricos. Aqueles que para já conseguem chegar à Europa (e a Portugal) são, pois, uma minoria, a ponta do dantesco iceberg do miserável mundo dos refugiados provocado pelas ditaduras, guerras ... e devido à hipocrisia, à falta de ética e determinação da dita Comunidade Internacional.

Há quatro causas de exílio: políticas, económicas, climatérico-ecológicas e as guerras. Algumas dessas causas não são reconhecidas internacionalmente mas nada é simples: as causas sobrepõem-se e umas levam às outras.

Para o drama dos exilados e refugiados, só existem três soluções possíveis e duráveis:- o repatriamento voluntário para o seu país de origem;- a integração nos países de primeiro asilo;- a reinstalação num país terceiro.

Já que não lhes podemos garantir o que é o primeiro direito para todo o ser humano, uma vida digna no seu país de origem, temos que lhes garantir essa dignidade no nosso país. A Europa da democracia, dos direitos do Homem, da fraternidade e da liberdade, não se pode transformar numa fortaleza autista, egoísta e indiferente.

Portugal, com os seus cinco milhões de emigrantes e de luso-descendentes espalhados pelos quatro cantos do Mundo, mundo de culturas que fomos dos primeiros a divulgar, tem o dever e a obrigação de ser, também hoje, pioneiro na tolerância e no acolhimento.

Para o conseguir, é fundamental que tenhamos sempre em conta:- campanhas de sensibilização/informação do público, polícias, funcionários, advogados;- meios acrescidos para o acolhimento, aconselhamento e apoio;- um estatuto do exilado e refugiado revisto, corrigido e sem discriminação;- um procedimento legal justo, rápido e acessível;- um acesso real aos cuidados de saúde, com uma particular atenção ao suporte psicológico;- uma política de alojamento condigna;- estruturas de concertação sustentadas por uma vontade política clara.

Meus Amigos, a Fundação AMI e eu próprio estamos decididos a dar o nosso contributo para a dignificação dos exilados e refugiados no nosso país. Os nossos Centros Porta Amiga continuarão a dar o seu apoio e desde já nos disponibilizamos para colaborar eficazmente com todas as entidades a fim de que, no nosso país, o exilado ou refugiado viva com dignidade.

Ao terminar, quero manifestar um sonho: que um dia ninguém mais se veja obrigado ao exílio e que todos possamos sempre partir, apenas por vontade, para uma boa aventura ou umas belas férias.
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5 comentários:
De Sofia Montenegro a 20 de Fevereiro de 2009 às 22:59
Caríssimo Dr Fernando Nobre, este tema é deveras importante e prioritário! Claro q temos toda a obrigação do mundo de bem acolher os emigrantes, e ainda mais, refugiados. Logo nós q fomos desde sempre um povo q emigrou, para França, Brasil, Estados Unidos,.. isto p não falar das colonizações..Só teremos a ganhar, evidentemente, em bem tratar quem nos procura. A Europa é o sonho de qualquer africano, tal como no passado, antes do 25 de Abril, uma larga franja da nossa população, mais necessitada, sonhava e partia para França..Antes disso para o Brasil..Não tenhamos a memória curta e tentemos ajudar alguém q não teve a sorte, apesar de tudo, de nascer num sítio como o nosso. Mais uma vez parabéns pela qualidade do artigo e obrigada!! Um abraço com amizade, Sofia

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Mais um fabuloso, e fundamental, artigo do Dr Fernando Nobre AMI!

O asilo como uma imposição ética

Antes de podermos abordar os assuntos socio-existenciais dos refugiados e requerentes de asilo, importa-nos tentar ter a visão da dimensão do problema a nível mundial e nacional, isto é, fazer o diagnóstico da situação.

O que se passa em Portugal não é mais do que um epifenómeno resultante da situação gravosa que se vive a nível mundial. Por isso, a adopção de medidas correctas e justas a nível local (Portugal) depende da acertada visão que se tenha da situação global (mundial). Sem estarmos cientes da evidente correlação causa-efeito que as ligam, as propostas que hoje dinamizarmos, estarão talvez já caducas amanhã: O Mundo está, também na questão dos refugiados, em aceleração.

Qual é, pois, a situação mundial, hoje, e que perspectivas tememos para um futuro próximo, no que diz respeito à questão dos refugiados e à sua evidente consequência, os requerentes de asilo?

Mercê das guerras, conflitos étnicos, discriminação, intolerância, indiferença, seca e fome que assolam o Mundo desde o fim da segunda guerra mundial, existiam em 2007 cerca de 16 milhões de refugiados sob a protecção de agências das Nações Unidas e 51 milhões de deslocados (cerca de 26 milhões devido a conflitos armados e 25 milhões em consequência de catástrofes naturais). Estes números totalizam 67 milhões de pessoas candidatas (assim tenham possibilidade) à imigração. A estas dezenas de milhões, podem acrescentar-se centenas de milhões que, por razões económicas, estão dispostas a deixar o seu país.

Para se ter uma ideia da espiral assustadora que vivemos, bastará dizer que, em 1970 havia só 2,5 milhões de refugiados; em 1980 havia 11 milhões. Em 1992, calcula-se que o número de refugiados e deslocados tenha crescido de 10.000 pessoas por dia. Pode, pois, afirmar-se que o Mundo (no qual se inclui a Europa) vive actualmente a pior crise de refugiados desde a segunda Guerra Mundial, a tal guerra que traria, dizia-se, o fim do horror, do arbitrário, da loucura!

O Homem ainda não aprendeu e continua, alegre, inconsciente e louco, a provocar catástrofes...

Mas quem é o refugiado ou requerente de asilo? Será que temos a certeza que nós próprios não o seremos amanhã?

O refugiado não é mais do que um ser humano, como você e eu, que foge, constrangido, à perseguição e à miséria, com medo de perder a liberdade ou a vida. Quem não o faria perante tais ameaças?

Fá-lo forçado porque, como já dizia Eurípides, 431 anos antes de Cristo “não existe maior dor no mundo que a perda da sua terra natal”. A maioria das pessoas só se decidem ao exílio após um longo e doloroso dilema e sonham todos com o dia em que poderão voltar para o seu país com dignidade e segurança.

Só quem nunca passou por campos de refugiados (como infelizmente conheci junto dos Somalis no Quénia, dos ruandeses no Zaire, dos curdos no Irão, dos Sarauis na Argélia, dos Palestinianos no Líbano ou dos refugiados do Sri Lanka na Jordânia), quem nunca conviveu com deslocados (como foi o meu caso na Geórgia, Azerbaijão, Zaire, Angola, Moçambique, Irão, Iraque, Líbano, Chade, Sudão...) ou nunca falou com um requerente de asilo político, é que não interioriza quanto é fundamental para esses seres humanos a dignidade, a compreensão, a ajuda.

Pobre da mulher refugiada e exilada que não tenha um marido, um pai, um irmão, um filho adulto para a proteger e lutar pela sua ração alimentar quando da distribuição: estará exposta às violações e às mais insultuosas humilhações durante as terríveis etapas do seu périplo.

De uma vez por todas, a fim de podermos depois dar o melhor apoio assistencial, é fundamental que saibamos e compreendamos, tal como diz o ACNUR, que “os refugiados não são uma ameaça ou um perigo. Eles estão ameaçados e em perigo. Eles não são um fardo para a sociedade. Eles carregam o fardo da sociedade”. Eles não são pessoas sem face que mendigam a nossa compaixão. São seres como nós apanhados inocentes nas grandes tormentas do nosso século.

Se lhes dermos uma oportunidade, podem contribuir para o bem de todos. Não nos esqueçamos que, segundo a Declaração Universal dos Direitos do Homem e a Convenção de Genebra de 1951, toda a pessoa tem o direito de pedir e obter asilo para fugir, com fundamentado receio, a perseguições devido à sua raça, religião, nacionalidade, grupo social ou devido às suas opiniões políticas.

75% dos refugiados no Mundo não vão bem longe: vão de um país pobre para outro país pobre. Poucos vão bater às portas dos países ricos. Aqueles que para já conseguem chegar à Europa (e a Portugal) são, pois, uma minoria, a ponta do dantesco iceberg do miserável mundo dos refugiados provocado pelas ditaduras, guerras ... e devido à hipocrisia, à falta de ética e determinação da dita Comunidade Internacional.

Há quatro causas de exílio: políticas, económicas, climatérico-ecológicas e as guerras. Algumas dessas causas não são reconhecidas internacionalmente mas nada é simples: as causas sobrepõem-se e umas levam às outras.

Para o drama dos exilados e refugiados, só existem três soluções possíveis e duráveis:- o repatriamento voluntário para o seu país de origem;- a integração nos países de primeiro asilo;- a reinstalação num país terceiro.

Já que não lhes podemos garantir o que é o primeiro direito para todo o ser humano, uma vida digna no seu país de origem, temos que lhes garantir essa dignidade no nosso país. A Europa da democracia, dos direitos do Homem, da fraternidade e da liberdade, não se pode transformar numa fortaleza autista, egoísta e indiferente.

Portugal, com os seus cinco milhões de emigrantes e de luso-descendentes espalhados pelos quatro cantos do Mundo, mundo de culturas que fomos dos primeiros a divulgar, tem o dever e a obrigação de ser, também hoje, pioneiro na tolerância e no acolhimento.

Para o conseguir, é fundamental que tenhamos sempre em conta:- campanhas de sensibilização/informação do público, polícias, funcionários, advogados;- meios acrescidos para o acolhimento, aconselhamento e apoio;- um estatuto do exilado e refugiado revisto, corrigido e sem discriminação;- um procedimento legal justo, rápido e acessível;- um acesso real aos cuidados de saúde, com uma particular atenção ao suporte psicológico;- uma política de alojamento condigna;- estruturas de concertação sustentadas por uma vontade política clara.

Meus Amigos, a Fundação AMI e eu próprio estamos decididos a dar o nosso contributo para a dignificação dos exilados e refugiados no nosso país. Os nossos Centros Porta Amiga continuarão a dar o seu apoio e desde já nos disponibilizamos para colaborar eficazmente com todas as entidades a fim de que, no nosso país, o exilado ou refugiado viva com dignidade.

Ao terminar, quero manifestar um sonho: que um dia ninguém mais se veja obrigado ao exílio e que todos possamos sempre partir, apenas por vontade, para uma boa aventura ou umas belas férias.